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  • Comunicação

Transplante de órgãos ganha reforço com projeto que incentiva doação


Projeto de Haroldo Cathedral quer ampliar diálogo sobre o tema para aumentar número de doadores

Nos últimos cinco anos o número de transplantes de órgãos realizados no Brasil teve uma queda de 16%, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Para tentar mudar esse cenário e sensibilizar o máximo de pessoas sobre a importância do diálogo com familiares próximos, um projeto de lei de autoria do deputado federal Haroldo Cathedral (PSD-RR), quer instituir a Semana Nacional de incentivo à Doação de Órgãos que será celebrada na última semana do mês de setembro de cada ano.

Ele explica que a ideia é incentivar o desenvolvimento de campanhas para conscientizar os cidadãos sobre a importância das famílias conversarem sobre a doação de órgãos e promover ações educacionais dirigidas a profissionais de saúde que estão à frente desse atendimento.


“A falta de esclarecimento e a ausência de programas direcionados para a conscientização da população e para o incentivo à captação de órgãos são fatores que aumentam as dúvidas e preconceitos existentes em torno do assunto. Isso contribui para prolongar ainda mais o sofrimento de pacientes que aguardam numa lista de espera a possibilidade de realização de transplante”, enfatizou.


Conforme Haroldo, embora o Brasil ainda seja considerado um dos países com melhor programa público de transplante de órgãos do mundo, muitos brasileiros aguardam na lista de espera por transplantes realizado pelo Sistema Único de Saúde. Dados da Associação Brasileira de Transplantes (ABTO) indicam que, até junho deste ano, eram quase 53 mil pessoas aguardando por um transplante de órgãos e tecidos no Brasil, entre crianças, adolescentes e adultos.


Ainda de acordo com o deputado, Roraima e Amapá são os únicos estados que não aparecem na listagem da entidade. Isso porque o Estado de Roraima ainda não realiza transplantes, por isso, quem precisa de transplante é encaminhado para os centros transplantadores por meio do Tratamento Fora Domicílio. No entanto, desde 2018, a Central Estadual de Transplantes de Roraima (CET-RR), que integra o Sistema Nacional de Transplantes, já realiza as captações de órgãos e as equipes médicas recebem orientações e preparo.

Segundo informações do Governo do Estado, até o momento foram captados em Roraima 21 órgãos e tecidos entre córneas, rins e fígado. Esses procedimentos aconteceram com o apoio das comissões intra-hospitalares composta por médicos do Hospital Geral de Roraima e Hospital da Criança Santo Antônio, que são os hospitais notificadores e captadores de possíveis doadores, com total monitoramento da CET de Roraima.


Para a coordenadora da Central de Transplantes de Roraima, Patrícia Renovato, apesar da aceitação familiar brasileira ao transplante ser de 56%, de acordo com dados do primeiro semestre deste ano, o assunto permanece sendo delicado por falta de esclarecimentos, mitos e por estar diretamente relacionado com a morte de um ente querido.


“Precisamos entender que esta perda [falecimento de familiar] pode se tornar um ato de solidariedade e cidadania que pode salvar a vida de mais de oito pessoas. Doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas”, comentou.


Ela ressaltou que, “muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser a única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para as pessoas que precisam”. “ É fundamental que a população se conscientize da importância do ato de doar um órgão. Doar órgãos é doar vida”, explica.


Legislação

A legislação brasileira permite que a doação de órgãos só seja realizada mediante autorização familiar, sendo esta a única maneira legal de garantir efetivamente que a vontade do doador seja feita.


Qualquer pessoa pode ser doadora de órgãos, sendo que em momento oportuno serão avaliadas a viabilidade e a compatibilidade do doador, permitindo assim que a captação e transplante aconteçam. Porém, a tomada da decisão é o primeiro e fundamental passo a ser dado.

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